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  • Foto do escritorJonas Silva

Trilha Pioneira Pico Paraná


Sentado sobre o platô do Pico Paraná, refletindo logo antes de começar a descida

Antes de qualquer coisa é preciso explicar o porquê de 'pioneira'. Dei esse nome porque foi esse o caminho percorrido pela primeira equipe que conquistou o pico. Melhor, a única equipe que conquistou, as demais, como eu, só fizemos cume, nada de conquista.

Há tempos que eu estava planejando subir minha primeira grande montanha no Paraná. Apesar de ter enfrentado muitos outros trekking e perrengues antes, em montanha desse calibre era iniciação.

Depois de combinar por várias vezes uma ascensão, sempre algo dava errado. As pessoas desistiam e acabava adiando o projeto. Em junho de 2018 resolvi mudar isso: se queria fazer atividades mais intensas precisava ser independente. Então combinei para o Corpus Christi, e mais uma vez fiquei só.


Primeiro dia

Saí cedo de minha cidade, contudo, só cheguei às 15:40. Escolhi a Fazenda Pico Paraná como base, estacionei e enquanto eu vestia a bota e conferia o equipo, o rapaz da recepção fazia meu cadastro. Paguei os R$ 10,00 pelo estacionamento, e enquanto ele foi buscar o troco eu troquei a camiseta. Estava pronto, e nada do homem voltar com minha grana. Comecei a procurá-lo, e, quando o encontrei, ele estava procurando uma pessoa de camiseta vermelha; eu antes de trocar a roupa.

Minutos depois estava na base do IAT preenchendo meus dados e comunicando minha entrada no parque. Apesar de muitas pessoas fazerem vista à base do IAT, ela é, teoricamente, a única forma de entrada legal no Parque Estadual do Pico Paraná. Todos esse cadastros serão muito úteis em caso de acidentes nas montanhas, é por meio deles que os fiscais e equipe de resgaste terão acesso a familiares e saberão qual era o itinerário de quem esteja perdido.

Trilha bem usada na subida depois da base do IAT

Comecei uma subida por meio da mata alta, percorrendo uma canaleta desgastada pelos trekkers. De início a subida é bem íngreme e vai aliviando mais acima até a Pedra do Grito, como o horário já estava adiantado, o ideal é que chegue-se ao cume antes das 14h, não parei na pedra.

A trilha fica mais ruim nesse trecho, o chão começa a ficar com muitas pedrinhas soltas e escorregadias. Com uma passada desajeitada é muito fácil cair e ralar feio logo no começo. Assim que sai da mata alta, a trilha ainda não melhorou, mas a inclinação melhorou muito, e já avistamos o Morro do Getúlio.

Contornando o Getúlio pela esquerda, o caminho mais curto, ganhei a mata novamente. A poucos metros da entrada na vegetação alta fiz minha primeira parada, no primeiro totem que tem placa indicando as trilhas. No plano inicial eu deveria ter seguido a trilha branca, cor das fitas amarradas em algumas árvores que servem de orientação, porém, tinha dirigido 450 km desde às 06:05 e como dei algumas caronas atrasei bastante. Dessa forma optei pela amarela que leva ao Pico Caratuva. Essa trilha é mais curta que para o A2, e principalmente como é bem inclinada o trecho em meio a mata fechada é menor, além de não ter crista até o cume. Seguindo para o Pico Paraná (PP), além da distância maior, a trilha é muito mais complicada devido às raízes, a depressão e a crista.

A trilha para o Caratuva é mais fechada, devido ao menor fluxo de pessoas. Ela contorna uma parte da montanha, e em vários trechos era preciso se abaixar para passar pelos túneis de taquara, haviam também muitas árvores tombadas atrasando ainda mais o passo.

Uns 500m e a trilha tem um ramal à direita, como o GPS não funcionava direito, estamos ao lado da parede da montanha, dou uma conferida e percebo que se trata de um ponto de água. Como já tinha os cantis cheios, voltei a trilha principal e logo em seguida peguei outro ramal à direita. De início sem ter certeza de que estava na trilha correta, mas logo encontrei sinal GPS e tive a confirmação. A trilha começa a ficar íngreme, e em poucos metros passa a ser uma escalaminhada.

Trecho difícil na subida do Pico Caratuva

Dezenas de pedras e raízes são salientes na trilha assoreada pelas enxurradas. Era preciso agarrar nos troncos para dar apoio e tracionar o corpo. Fui progredindo lentamente, acima de mim dezenas de troncos enormes davam mostra que a subida ainda seria longa. Ganhando altitude pouco a pouco, comecei a ouvir gritos de pessoas. Pensei se seriam pessoas em apuros, os gritos vinham de cima, ou seriam pessoas no cume? Continuei prestando atenção e logo à frente encontrei-os. Um grupos de seis pessoas, ambas aparentavam cansaço, carregavam pesadas mochilas, mas estavam fazendo uma baderna na trilha, gritavam como malucos. Cumprimentei-os, desejei boa sorte e segui. Os gritos ficaram para trás.

Mais de 500 m de subida e ao olhar para cima dei conta da copa das árvores, bom, isso indicava que o cume se aproximava, ou ao menos a mata estava no fim. Saí no meio das típicas caratuvas, nesse ponto a inclinação também diminuiu, e pude ver pela primeira vez os vales atrás de mim, e a Represa do Capivari, vi ainda que o Sol começava descer no horizonte. Acelerei o passo para chegar no cume.

Trecho final da subida ao Caratuva

No cume dei conta de encontrar um local para a barraca, e como haviam muitas barracas montadas, só consegui espaço num banhadinho inclinado, ultima clareira disponível. Enquanto montava a barraca, um jovem de Florianópolis se chegou para uma conversa. Atencioso me ofereceu ajuda com a barraca, e depois vimos o Sol deitar no Oeste envolvidos em um papo divertido. Ele estava curioso pelo tamanho da minha mochila, eu carregava uma 36L, super enxuto com apenas 10 kg, mais água. Contei da minha façanha, tinha saído da base às 16:10 e chegado ali às 17:40, apenas 1h e 30 min. Também contei do grupo na trilha, que não sabia se chegariam.

Fui preparar o jantar, um salame com pão integral e café, quando passam por minha casa de nylon um bando de estabanados, tropeçando nas cordas e sapateando na água. Só olhei pela porta e vi quem eram. Pensei que não conseguiriam acampar, não havia mais local ali em cima, de alguma forma eles arrumaram onde dormir, e logo começou novamente a putaria. Gritavam e falavam como loucos, já estava a ponto de ir lá pedir com jeito para calarem a boca, quando repentinamente o tempo fechou, uma neblina densa envolveu a montanha congelando e encharcando tudo. Fechei a barraca, os gritos diminuíram, mas não pararam, então pude dormir.

Acordei às 23:00 suado, abri a barraca e a neblina tinha sumido. O motivo do calor, com a barraca fechada e nenhum vento, eu enrolado dentro do saco de dormir e com duas camadas de roupa ainda. Saí e vi o céu impecável, trilhões de estrelas cobrindo o firmamento, momento emocionante que furou meus olhos a ponto de fazê-los vazar.

O silêncio mortal raramente era perturbado com algum indivíduo roncando. Ao longe pude avistar algumas luzes de lanternas indicando que todas as montanhas ao redor estavam ocupadas. Aproveitei o momento e fui procurar o livro de cume, achei-o sob a torre de rádio.

Livro de cume assinado na madrugada

Voltei para a barraca. E precisei acordar mais uma vez durante a madrugada, agora era o frio que judiava. Novamente a neblina tinha engolfado a montanha. Vesti tudo de novo fechei o sobre teto e dormi.


Segundo dia

Acordei ansioso, ainda eram 05:00. Olhei para fora e tudo estava escuro, então resolvi preparar um café durante a espera do Astro Rei. Enquanto desjejuava os primeiros ruídos no acampamento apareceram, as primeiras barracas foram abertas e a movimentação começou.

Visual do Pico Paraná emergindo do tapete de nuvens

Saí de casa às 06:15, ainda haviam poucas pessoas para o lado de fora, a maioria delas estarrecidas com o mar de nuvens que cobria todas as demais montanhas, exceto o cume do Pico Paraná. Era como se fosse possível ir caminhando pelo alvo tapete até o gigante.

Sentei em uma rocha saliente e já fui perturbado pelos primeiros gritos. Logo percebi que tinham intrusos lá no alto da torre de transmissão. É incrível como as pessoas gostam de fazer merda. E pior, muita gente acha isso bonito ainda. Sei que cada um cuida do seu, mas quando alguém se acidenta num local desses, são as outras pessoas que precisam despender um esforço insano para resgate. E com certeza os grupos vão fazer de tudo para não deixar ninguém perecer lá, basta ler os relatos de acidentes dos últimos anos, a grande maioria deles, >90%, resultaram de alguma besteira humana.

Nascer do Sol no Pico Caratuva

Eram exatamente 07:05 quando Apolo empurrou delicadamente o Astro no horizonte. Por oito minutos esqueci do mundo terreno, entrei numa transcendência plena, fui tomado pelo espírito da montanha.

Às 07:13 retomo a vida normal e escuto novamente alguns gritos, agora acompanhados de palmas. Saio então para um reconhecimento de área, passo na barraca dos catarinas para conversarmos um pouco, eles também seguiriam para o PP. Para o lado Sul do Caratuva era possível avistar o cume do Itapiroca e do Cerro Verde, ambos coloridos com barracas.

Andando pelo cume vi algumas barracas fechadas ainda, devia ser os baderneiros dos dia anterior, enfim encontrei a trilha que desce para a crista leste rumo ao A1.

Queria chegar cedo no PP para conseguir lugar de acampar lá em cima, como os outros meninos ainda iriam desmontar acampamento, conversei com eles sobre onde eu tinha encontrado o início da crista, e combinamos de nos encontrar do outro lado no cume do Pico Paraná.

Trilha fechada na crista leste do Caratuva

De mochila nas costas entrei em meio as caratuvas no sentido sudeste, haviam duas trilhazinhas. A primeira que peguei acabou logo, na borda da montanha, tinha jeito de que dava para descer mas não na crista, talvez tenha um caminho para o Ferraria ou Ibitirati por ali. Voltei alguns metros e me embrenhei na mata. A trilha logo desapareceu, precisei usar muito do GPS e técnicas de rastreamento quando o sinal caia. Em meio a mata a trilha é muito pouco usada e os arbustos de altitude fecham a trilha, apenas com muita atenção é possível perceber alguns raros sinais no chão de que ali já passou gente algum dia. Há também alguma fita amarela amarrada nos arbustos, mas além de raras, muitas vezes estão cobertas de musgo. Some-se a isso a neblina que torna a visibilidade menor que 10 metros.

Visibilidade terrível na crista leste do Caratuva

Lentamente progredi, apenas deixei de procurar um ponto de água que passa por ali. Dadas as condições achei prudente não sair do resquício de trilha sabendo que era uma crista. Quando saí da florestinha foi pior ainda, a visibilidade diminuiu para 5 metros e as caratuvas fechavam a passagem.

Com a roupa encharcada, escorrendo até a cueca, por vezes eu acocorava em alguma rocha procurando desgaste que indicasse estar na trilha correta. Pelo menos o GPS indicava a trilha, por experiência não gosto de usar só o sinal, quem sabe usá-lo percebe que algumas vezes há interferências e o sinal fica deslocado do local exato. Isso em uma crista pode ser terrível.

Nesse esquema, farejamento/ GPS alcancei o A1. Contudo já estava sem água de reserva, e não queria arriscar o abastecimento no A2, ouvira que algumas vezes lá esteve seco. Não tive escolha, escondi a mochila atrás de algumas barracas montadas ali e desci uns 400 m até a a bica, o mesmo filete de água que deixei para trás na crista.

Logo que cheguei encontrei um grupo que ia do Itapiroca em ataque ao PP, um pessoal de Palmital/SP. Trocamos algumas ideias e acabei seguindo com eles até o elevador. Nesse ponto abre-se uma depressão de uns 50 m de lagura por uns 15 de profundidade.

É necessário descer pela via ferrata (elevador) e do outro lado fazer uma escalaminhada por uma saliência na rocha. Muitos utilizam uma corda fixa que tem ali para se apoiar, outros já abandonam a empreitada com medo de altura. Tive de esperar uns 20 min. Não tinha muita gente, mas sempre tem aqueles que travam no degrau e param tudo. Para piorar muitas pessoas já estavam descendo, e não estavam dispostas a esperar os outros subirem. Aproveitei para perguntar das coisas lá em cima, nada animador, o tempo estava fechado.

Trepa pedra depois da depressão

Com muita lida conseguir ultrapassar alguns travados na subida e toquei para frente, nesse ponto o grupo que me acompanhava ficou para trás. A trilha começou a ter muitos obstáculos com trechos de rochas, fáceis de se perder, muito trepa pedra e fendas apertadíssimas.

Ultimo trecho de via ferrata

Cheguei no A2 às 11:00, ele estava vazio e a neblina cobria tudo, então passei de banda, assim como no A3. Já nos metros finais encontrei mais alguns grupos descendo, todos me davam notícias nada agradáveis: tudo fechado, visibilidade zero, muito frio. A única esperança era dormindo lá, conseguir alguma janela aberta. Quando menos esperava trombei com o último trepa pedra. Um pequeno trajeto de aproximadamente 10 m todo grampeado, depois uma leve conversão para a esquerda saindo direto no platô mais alto do sul do Brasil com seus 1873 m.

Só tive confirmação de que realmente estava no Pico Paraná ao conferir o GPS, pois, não dava para ver nada além do chão. Larguei a mochila e fiz um reconhecimento. Logo percebi que haviam apenas duas clareiras para montar alguma barraca. Escolhi a mais aberta, que no entanto ficava um pouco abrigada pela caratuvas, diminuindo o vento.

Com o acampamento montado coloquei a tralha para enxugar com os raios de Sol que seguidamente incidiam pela neblina queimando. Preparei uma sardinha com ovos e pão, também umas laranjas e bananas, esse foi meu almoço. Depois deitei com a cabeça protegida dos raios do Sol, dentro da barraca, e dormi longas duas horas.

Quando acordei já haviam outras barracas montadas; três na mesma clareira minha, 3 amontoadas na outra clareira.

Raro momento de visibilidade para o Pico Ibitirati

Fui para o platô e percebi que a neblina estava se dissolvendo. Algumas vezes era possível avistar, esfumaçado, o cume do Ibitirati que é irmão gêmeo do PP. Lá de cima pessoas gritavam e acenavam nesses momentos.

Assinei o livro de cume e perplexo vi algumas pessoas fazendo ginástica no platô, meu pai! o mundo virou de ponta cabeça mesmo, kkkkk.

Ao me aproximar vi que eram o pessoal que veio comigo até o elevador. Eles tiraram algumas fotos e debandaram montanha abaixo, foi nessa hora que encontrei o pessoal de Santa Catarina chegando. Sem clareiras para barraca, eles montaram um bivaque na pedra do livro de cume e se arrumaram por ali.

A tardinha, as nuvens baixaram como na manhã, permitindo que conseguíssemos ver um embaçado pôr do Sol. Depois fui para a barraca comer meu pão com salame e café. Já no final da janta chegaram mais algumas pessoas procurando local para acampar. Parte delas retornou, porém alguns ainda se amontoaram nas trilhas destruindo a pouca vegetação restante.

À noite foi tranquila, exceto pelos roncos das duas barracas ao lado. Pior foi para a garota que estava com os rapazes, os dois roncavam e ela, sem barraca, teve de dormir com um deles. Eu teria tocado os dois para a mesma, kkkk.

O frio noturno foi menor e durante a madrugada mais um espetáculo: as nuvens foram embora como uma cortina que se abre mostrando o interior da morada aos passantes. O céu com suas luzinhas incríveis fez vigília.


Dia terceiro

Acordei às 06:00 e dei de cara com um visual divino. As nuvens sumiram. Para todos os lados a visibilidade era quilométrica. Pude avistar a Baía de Antonina à leste, o Complexo Marumbi à sudeste, as demais montanhas do Ibitiraquire à oeste e sudoeste, além dos picos do Siririca ao sudoeste e Ferraria à noroeste.

Vista para o Complexo Marumbi a partir do Pico Paraná

Mais uma vez o Sol subiu lentamente colorindo de tons dourados a montanha. Momentos emocionantes que cativam qualquer espírito livre, difícil ter algum sentimento diferente de plenitude. Se felicidade, como acredito, são momentos de sublimação, com certeza este era um deles. Dezenas de pessoas chegavam dos acampamentos inferiores e preencheram todo o cume.

Vista da crista que liga os dois maiores dos sul do Brasil

Quando o Sol já estava alto voltei para a barraca preparar o café, e depois guardar a tralha. Nesse tempo a maior parte das pessoas esvaziara o cume.

Fui até o platô e fiquei encantado com a vista para o complexo Ibitiraquire, a crista leste do Caratuva e montanha em si são indescritíveis por palavras. Sentei por uma hora refletindo em tudo aquilo que me tem valor, a família, os amigos, os antepassados, enfim, todas aquelas pessoas que de algum modo acreditam no futuro. Incluo nessa lista os grandes escritores e filósofos do passado, assim como os conquistadores, ao estilo Reinhard Maack (primeiro a organizar expedição para o PP, em 1940) que nos inspiram a sair do lugar comum.

Conversei mais uma vez com os meninos catarinenses. Eles estavam tranquilos e falaram em descer somente mais tarde, perto do meio-dia já. Eu tinha uma carona agendada para às 16:00 em Curitiba, então não pude esperar. E às 10:00 comecei a descida.

Rapidamente fui ganhando terreno, retardado apenas quando encontrava grupos subindo e tinha de aguardar sobre alguma pedra até que todos passassem. Na região entre o A2 e a via ferrata final, vi, inclusive, muitas barracas montadas em áreas cobertas de vegetação. Infelizmente as pessoas não tem consciência do dano que estão causando ao danificar a fina camada protetora que dá vida a montanha.

Chegando no do A2 alcancei outro quarteto que ia descendo, fizemos amizade e rapidamente fiquei sabendo que um dos integrantes morava no meio do meu caminho para casa, então combinamos outra carona. Transposto o elevador, pensei que tudo estaria tranquilo, que nada. O trecho entre o A1 e cruzo para o Caratuva (que eu havia contornado no primeiro dia) é um dos piores trechos de toda a trilha, são milhares de raízes e pequenas elevações que precisam ser transpostas por cima. Exige muita calma e técnica para andar rápido e não torcer os pés.

Placas existente nos cruzos de trilhas

Acabei avançando mais rápido que meu novo grupo, e perdemos contato. Quando cheguei na Pedra do Grito resolvi esperá-los, larguei tudo de lado e sentei.

Um grito de guerra na trilha chamou a atenção, pensei serem escoteiros, mas em minutos quem chega foi um grupo de noviças, 38 segundo a madre que as conduzia. Todas de saias longuíssimas de um vermelho incrível e camisas brancas de freiras, disseram que iam até o Morro do Getúlio. Confesso que duvidei, aquela não era a melhor roupa e com certeza não voltou como tinha ido. Nesse alvoroço todo nem percebi que parte do grupo tinha descido e as 15:10 o último dos integrantes do grupo passava por mim. Ele me disse que a moça que ia de carona comigo já tinha descido, duvidei, pois, não a vi passar. Descemos juntos o último trecho, e lá estava ela esperando e gritando desesperada por mim no estacionamento.

Tomei um banho de gato, e como já tinha dado baixa nos dois cadastros, despedimo-nos dos novos amigos lá fomos de volta à vida comum.

Já se passavam das 23:00 quando cheguei em casa, onde uma bela pizza portuguesa esperava.


Equipamentos

Nessa usei os seguintes equipamentos:

  1. Barraca Quechua, Quik Hiker 2;

  2. Saco de dormir Nautika Antartik (-7º);

  3. Mochila 36L Gonew;

  4. Bota Columbia Grants Pass Waterproof;

  5. Corda de emergência 10 mm, 30 m;

  6. Minifogareiro Nautika Júpter;

  7. Isolante térmico Nautika Aluminizado EVA;

  8. Roupas comuns de trilha, marcas variadas;

  9. Panelas e demais acessórios de marcas variadas;

  10. Alimentação personalizada para mim, de acordo com minhas experiências em trekking e acampamento, ex: ovos, salame, pão, café, sardinha, sementes, etc.

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